segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Qual a sua linguagem do Amor?



De acordo com Gary Chapman as pessoas tem diferentes formas de se sentirem amadas. Essas formas ele chamou de Linguagens do Amor e as classificou em 5 diferentes linguagens.

>Palavras de Afirmação: essa é a linguagem daquelas pessoas que se sentem profundamente amadas quando alguém a elogia ou destaca com palavras qualidades que ela possui.

>Qualidade de Tempo: essa é a liguagem das pessoas que se sentem amadas quando alguém gasta tempo com elas. Se divertem juntos, fazem coisas juntos, etc.

>Receber presentes: é a linguagem de pessoas que se sentem profundamente amadas por pessoas que lhes dão presentes, seja ele qual for.

>Formas de servir: linguagem de pessoas que se sentem amadas quando uma outra lhe ajuda, ou faz algo que pra ela é muito importante.

> Toque físico: linguagem das pessoas que se sentem amadas quando são abraças, beijadas, recebem carinhos, etc.

Todos nós possuimos todas as linguagens de amor! Escreva, de forma decrescente, suas linguagens de amor!

* 3 anos atrás

Qual é a linguagem do amor?!?

Quando estamos vivendo um sentimento importante por alguém, desde um simples flerte, passando por um caso, um namoro, um casamento ou até uma separação... creio que as perguntas que mais nos fazemos são: Como agir? O que falar? Como falar? O que demonstrar e o que esconder? Devo escancarar meu coração ou fingir que nem ligo? Essas perguntas surgem especialmente quando o que sentimos não é correspondido!

Enfim, poderia resumir questões como essas numa única pergunta: qual é a linguagem do amor?
E eu diria que a linguagem do amor é a mais simples e, ao mesmo tempo, a mais complexa que pode existir... porque é a linguagem do coração! Mas cairia, inevitavelmente, num abismo, tão profundo e surpreendente que todas as nossas perguntas encontrariam-se novamente sem respostas prontas, óbvias ou fáceis de serem obtidas!

Linguagem Coloquial:Poema

O final deste poema de Manuel Bandeira fala exatamente da Linguagem Coloquial. Veja:
Recife
Não a Veneza americana
Não a Mauritsstad dos armadores das Índias Ocidentais
Não o Recife dos Mascates
Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois
Recife das revoluções libertárias
Mas o Recife sem história nem literatura
Recife sem mais nada
Recife da minha infância
A rua da União onde eu brincava de chicote-queimado
e partia as vidraças da casa de dona Aninha Viegas
Totônio Rodrigues era muito velho e botava o pincenê
na ponta do nariz
Depois do jantar as famílias tomavam a calçada com cadeiras
Mexericos, namoros, risadas
A gente brincava no meio da rua
Os meninos gritavam:
Coelho sai!
Não sai!
A distância, as vozes macias das meninas politonavam:
Roseira dá-me uma rosa
Craveiro dá-me um botão
Dessas rosas muita rosa
Terá morrido em botão
De repente
nos longos da noite
um sino
Uma pessoa grande dizia:
Fogo em Santo Antônio!
Outra contrariava: São José!
Totônio Rodrigues achava sempre que era são José.
Os homens punham o chapéu saíam fumando
E eu tinha raiva de ser menino porque não podia ir ver o fogo.
Rua da União...
Como eram lindos os montes das ruas da minha infância
Rua do Sol
(Tenho medo que hoje se chame de dr. Fulano de Tal)
Atrás de casa ficava a Rua da Saudade...
...onde se ia fumar escondido
Do lado de lá era o cais da Rua da Aurora...
...onde se ia pescar escondido
Capiberibe- Capiberibe
Lá longe o sertãozinho de Caxangá
Banheiros de palha
Um dia eu vi uma moça nuinha no banho
Fiquei parado, o coração batendo
Ela se riu
Foi o meu primeiro alumbramento
Cheia! As cheias! Barro boi morto árvores destroços redemoinho sumiu
E nos pegões da ponte do trem de ferro
os caboclos destemidos em jangadas de bananeiras
Novenas
Cavalhadas
E eu me deitei no colo da menina e ela começou
a passar a mão nos meus cabelos
Capiberibe- Capiberibe
Rua da União onde todas as tardes passava a preta das bananas
Com o xale vistoso de pano da Costa
E o vendedor de roletes de cana
O de amendoim que se chamava midubim e não era torrado era cozido
Me lembro de todos os pregões:
Ovos frescos e baratos
Dez ovos por uma pataca
Foi há muito tempo...
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada
A vida com uma porção de coisas que eu não entendia bem
Terras que não sabia onde ficavam
Recife...
Rua da União...
A casa de meu avô...
Nunca pensei que ela acabasse!
Tudo lá parecia impregnado de eternidade
Recife...
Meu avô morto.
Recife morto, Recife bom, Recife brasileiro
como a casa de meu avô.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Tradução para a Linguagem Culta


"Macaco velho não mete a mão em cumbuca."
Linguagem Culta: “Símio em idade provecta não introduz os artelhos em lugares sinistros.”

"Os últimos serão os primeiros."
Linguagem Culta: “Os derradeiro tornar-se-ão os que precedem os outros em relação ao tempo”

"Há males que vem para bem."
Linguagem Culta: “Existem infortúnios danosos que se transladam a virtuosidade.”

"Família que reza unida permanece unida."
Linguagem Culta: "Indivíduos de mesma linhagem congênita que proferem jaculatória de modo concomitante seguem na concórdia.”

"Quem vê a cara, não vê coração"
Linguagem Culta: “Indivíduos que conhecem por meio do sentido da visão a face de outrem, não o fazem ao órgão oco e musculoso, centro motor da circulação do sangue.”

"Boca fechada não entra mosca" (a mais tosca)
Linguagem Culta: “Cavidade que forma a primeira parte do aparelho digestivo, situada na face entre as duas maxilas, limitada em cima pela abóbada palatina, embaixo pela língua, anteriormente pelos lábios, arcadas dentárias e dentes, aos lados pelas faces e atrás pelo véu palatino e faringe que se mantêm com orifício de passagem obstruído impede o adentramento de Inseto díptero.”

"Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura."
Linguagem Culta: “Líquido aquoso flácido em Minerais rochosos, por excederem no contato físico abrupto finda em erodir-se.”

"Quem casa, quer casa."
Linguagem Culta: “Indivíduos que oficializam matrimoniam almejam vivenda particular”.

"Em terra de cego, quem tem um olho é rei."
Linguagem Culta: “Em Domínios de deficientes visuais aquele de posse de um órgão visual formado por globos oculares e seus anexos é o monarca.”

As Letras: uma proposta de leiturizar


As letras vêm nos acompanhando desde os tempos mais remotos da História e nasceram por meio da necessidade de comunicação entre os homens. O ato de ler e escrever nos insere num universo encantador o das palavras e por conseqüência textos e seus diversos tipos como poesias, histórias, lendas... E este ato nos leva para além da alfabetização, pois e´o momento de desfrutar destes prazeres. Segundo Baoventura apud Ana Teberosky, pretendemos que os alunos terminem a escolariedade obrigatória sendo capazes de ler literal e criticamente textos alheios, de reproduzir, variar e chegar a criar os textos adaptando-os aos propósitos comunicativos. De acordo com Ana Teberosky, a escrita alfabética é uma notação de um sistema específico, no qual os elementos as letras, identificam segmentos fonológicos (consoantes e vogais). Mas, além disso, o sistema alfabético de escrita conta também com um conjunto de caracteres e convenções gráficas não alfabéticas, tais como sinais de pontuação, maiúsculas, sublinhado etc. o uso social da escrita tem afetado a linguagem, ainda que qualquer expressão da língua possaser posta por escrito, as circunstâncias de uso nas diferentes comunidades fizeram com que certas expressões da língua se tornassem especialmente reconhecidas como pertencentes ao domínio da escrita. O termo “linguagem escrita” denota esssas formas de discurso. Por outro lado no sentido literal, o fato de as expressões serem orais ou escritas denota apenas a substância na qual essas formas se expressam. Contudo, partindo do ponto de vista do seu reconhecimento social, a denotação vai muito além da substância e inclui certas qualidades que, na realidade, independem da substância e sim das condições de uso. Numa comunidade que usa a escrita para as diversas funções: publicitárias, comerciais, rituais, etc haverá inumeras variedades de linguagens escritas. Portanto, o tipo de letra a meu ver é uma questão de opção do professor e o conhecimento de diversos tipos de letras bem como, de portadores de textos devem ser oferecidos a crinça para elas entrarem em contato com a diversidade, mas o que realmente interessa é que elas aprendam a leiturizar o mundo escrito com sentido e prazer interligado a sua vida.

Conversando sobre a linguagem na escola e construindo reflexões

A linguagem é um conjunto de ações que servem como uma forma de intercâmbio para as mais variadas maneiras de relacionamento entre os seres humanos. Apresenta-se como uma produção humana que remonta ao longo da história constituída de gestos, cantigas, demonstrações de amizade ou de inimizade, algo que foi, de fato, dito ou mesmo aquilo que não foi dito na forma de discurso. Este último constitui a forma mais convencional de linguagem é que muitas vezes é confundida por muitos como sendo a única forma de linguagem.

Faz-se necessário compreender que a linguagem é algo que vai muito além da simples comunicação exercida por duas ou mais pessoas: ela compreende também o pensamento que, depois que aprendemos falar, o torna uma linguagem racional. Sendo assim, utilizamos a linguagem para dar significado a tudo que está a nossa volta como, por exemplo, ao vivenciarmos determinadas situações, ao contemplar determinada imagem e, mesmo os gestos praticados num aceno forma em nosso cérebro um sentido de linguagem.

Na escola o conceito de linguagem não deve ser restrito à forma verbal quer seja oral ou escrita, ao contrário, deve ser levado em consideração as mais variadas formas conhecidas de linguagem. Ela deve ser estimulada a se revelar através das artes e suas diferentes configurações como a pintura, a música, a fotografia e o cinema. Sob este ponto de vista, a linguagem humana nunca está completada: existe sempre uma maneira de aperfeiçoa-la ou de criar novos estímulos para o surgimento de também novas linguagens.

Todo o tipo de linguagem seja ela verbal ou não-verbal, inclui também a linguagem extraverbal, que nada mais é do que aquilo que não foi dito, mas que de alguma forma possa ter sido compreendido pela outra parte envolvida na comunicação. Inclui-se aí, o sentido errado ou distorcido da comunicação que um sujeito envolvido na linguagem gostaria que fosse transmitido.

Em nossas práticas sociais fazemos uso mesmo sem perceber de inúmeras formas de linguagens, que se constituem em gêneros do discurso apresentada de maneira partilhada ou individualizada. Para que a linguagem possa, de fato, ser acolhida é necessário que ela se valha de um suporte que pode ser a própria voz, livros, folhetos, jornais, televisão, internet, etc. Sendo assim, é necessário que escola propicie todos esses suportes aos seus educandos, ajudando-os desta maneira a ampliar sua capacidade de se expressar por diversas formas de linguagens. Não que a escola não deva eleger prioridade numa ou noutra linguagem (via de regra a linguagem oral e escrita), mas que seus currículos devam incluir as diferentes.

Aqui vale ressaltar que, em muitos casos é necessário se valer de um determinado gênero da linguagem para que o discurso atenda o intento para a qual foi destinado. Não raro, observamos campanhas educativas – produzidas sob a forma de filmes, com personagens da cultura regional participando com linguagens populares, gírias utilizadas pela população local, até mesmos gestos e caricaturas tudo com o objetivo da população entender a mensagem. Se tal campanha se valha do discurso formal, muitos não entenderão a mensagem.

Variadas áreas de estudo têm se preocupado em revelar a linguagem escrita. Cada uma à sua maneira, traz contribuições efetivas para os pensadores no melhoramento da forma de se introduzir a linguagem da leitura e da escrita na escola. Os estudos da sociologia, por exemplo, permitem pensar as relações entre a língua, a sociedade e o poder. A sociolingüística se preocupa em determinar as variações existentes numa mesma língua determinando a diferença existente entre a maneira formal de articular e o linguajar predominante e ainda instigando maneiras de como melhorar tal língua, qual a fala que deve ser ensinada pela escola. Daí a importância das ciências que se integram para discutir a linguagem humana.

Das inúmeras formas de linguagens aqui relatadas, aquela que se constitui como a mais importante e que, por isso, deve ser priorizada pela escola é a linguagem conhecida pelo descerramento das letras. Através do conhecimento completo da maneira que se tem para decifrar esta linguagem é que o individuo adquire o passe para concretização de sua cidadania.
Apesar da grande importância que a escola tem na formação de indivíduos capazes de decifrar corretamente as variadas formas de linguagem a que ele é exposto, muitos desafios ainda precisam ser vencidos por ela. Vale lembrar das péssimas condições de infra-estrutura que muitas escolas estão submetidas. Os professores também devem ser preparados, desde o início de sua formação, para o enfrentamento das adversidades que a eles serão reveladas como as desigualdades sociais, a violência, o desrespeito ao outro, etc.

É importante entender que a educação praticada dentro da escola exerce um papel fundamental para demonstrar aos seus educandos que o ser humano, ao mesmo tempo em que é um individuo, ele faz parte de um contexto maior e deve se relacionar na sociedade entendendo suas variadas manifestações efetuadas através das diferentes maneiras que a linguagem pode se expressar.

Mas para que a escola cumpra o seu inegável papel de ensinar a linguagem humana, ela deve estar atenta as diferentes maneiras de expressões e preparada para difundi-las entre os seus educandos. Uma escola que se preocupa em ensinar apenas a linguagem escrita, aleija seus alunos do saber do mundo e não os prepara para se tornarem cidadãos.
Mesmo a arte – tida como uma linguagem universal – pode e deve ter diferentes interpretações sob o olhar de cada pessoa. Dessa maneira, esta estrutura de linguagem é uma das melhores para que se possa expressar relatos de uma determinada época histórica. Dessa maneira, a escola deve incentivar o ensino da arte como uma importante forma de linguagem.

Em suma, a linguagem é um instrumento fundamental, pois serve como meio de comunicação e re-organização do pensamento, da memória, da atenção, da percepção, enfim, de todo o processo de constituição da consciência.